Rubrica diária transmitida às 11.50 horas.
Partilhe neste espaço a sua opinião sobre a música escolhida para hoje: Voces Unidas - Cantaré, Cantarás.
Aproveite da mesma forma o seu comentário para sugerir alguma música do seu agrado para posterior emissão.
Obrigado pela sua visita.
A onda solidária da década de 80 contou também com a participação dos artistas hispânicos e sul-americanos “Voces Unidas” a entoar “Cantaré, Cantarás” (entre tantos outros com as vozes de Julio Iglesias, Roberto Carlos, Placido Domingo ou dos jovens Menudo).
Vinte e tal anos depois, mais de 800 milhões de pessoas continuam a ser vítimas de subnutrição crónica ou grave, sendo a maior parte delas mulheres e crianças de países em vias de desenvolvimento. O flagelo da fome atinge mais de 750 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição (como a ex-União Soviética) e 11 milhões nos países (ditos…) desenvolvidos. 54 milhões passam fome na América Latina e nas Caraíbas, e se a América do Sul registou uma redução do número de subnutridos, que passou de 42 para 33 milhões, já na América Central registou-se um aumento próximo dos 20%. As (eternas) crises económicas na Argentina e no Brasil fizeram regredir vastas regiões, alastrando a fome. A situação é também particularmente dramática no Afeganistão, onde cinco a dez milhões de pessoas estão ameaçadas de fome, estendendo-se o manto de pânico à Coreia do Norte, à Mongólia, à Arménia, à Geórgia ou ao Tajiquistão. No Médio Oriente (segundo projecções do Banco Mundial contra a Fome) os cenários mais graves vivem-se na Palestina e no Iraque, onde o número de pobres disparou, estimulado pelo crescimento de conflitos sociais, com a intervenção bélica dos Estados Unidos a provocar vítimas e a agravar ainda mais a tragédia. Quanto ao número de pobres não pára de crescer e passou já os 300 milhões de pessoas. Um relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento mostrou que, nos últimos 30 anos, o número de pessoas a viver com menos de um dólar duplicou nos países menos desenvolvidos. E a tendência é de que aumente até 2015, quando os países menos desenvolvidos poderão passar a ter 420 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. São números, distantes da nossa realidade, mas que fazem pensar a cada mão estendida ao pé da porta ou a cada injustiça social que se comete próximo de nós. E mais do que um extenso rol de factos indesmentíveis e tristes de conhecer, fica um ponto da situação, que pretende olhar apenas e tão só o futuro. Mesmo recordando o passado. É que, cantando ou não, e cada vez menos crianças, continuamos a ser o mundo…e a não chegar para o tornar melhor…
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A onda solidária da década de 80 contou também com a participação dos artistas hispânicos e sul-americanos “Voces Unidas” a entoar “Cantaré, Cantarás” (entre tantos outros com as vozes de Julio Iglesias, Roberto Carlos, Placido Domingo ou dos jovens Menudo).
Vinte e tal anos depois, mais de 800 milhões de pessoas continuam a ser vítimas de subnutrição crónica ou grave, sendo a maior parte delas mulheres e crianças de países em vias de desenvolvimento. O flagelo da fome atinge mais de 750 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição (como a ex-União Soviética) e 11 milhões nos países (ditos…) desenvolvidos. 54 milhões passam fome na América Latina e nas Caraíbas, e se a América do Sul registou uma redução do número de subnutridos, que passou de 42 para 33 milhões, já na América Central registou-se um aumento próximo dos 20%. As (eternas) crises económicas na Argentina e no Brasil fizeram regredir vastas regiões, alastrando a fome. A situação é também particularmente dramática no Afeganistão, onde cinco a dez milhões de pessoas estão ameaçadas de fome, estendendo-se o manto de pânico à Coreia do Norte, à Mongólia, à Arménia, à Geórgia ou ao Tajiquistão. No Médio Oriente (segundo projecções do Banco Mundial contra a Fome) os cenários mais graves vivem-se na Palestina e no Iraque, onde o número de pobres disparou, estimulado pelo crescimento de conflitos sociais, com a intervenção bélica dos Estados Unidos a provocar vítimas e a agravar ainda mais a tragédia. Quanto ao número de pobres não pára de crescer e passou já os 300 milhões de pessoas. Um relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento mostrou que, nos últimos 30 anos, o número de pessoas a viver com menos de um dólar duplicou nos países menos desenvolvidos. E a tendência é de que aumente até 2015, quando os países menos desenvolvidos poderão passar a ter 420 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. São números, distantes da nossa realidade, mas que fazem pensar a cada mão estendida ao pé da porta ou a cada injustiça social que se comete próximo de nós. E mais do que um extenso rol de factos indesmentíveis e tristes de conhecer, fica um ponto da situação, que pretende olhar apenas e tão só o futuro. Mesmo recordando o passado. É que, cantando ou não, e cada vez menos crianças, continuamos a ser o mundo…e a não chegar para o tornar melhor…
2 comentários:
Eu tenho acompanahdo esta nova iniciativa do programa JPM e parece-me uma boa ideia que aumenta a interactividade com o público. No entanto não percebo bem qual é critério para a escolha das canções a adicionar ao blog. Sérgio Godinho, Janis Joplin e grupo de cantores sul-americanos!! Qual é o fio condutor?
Pessoalmente eu gostaria de ouvir clássicos da música africana. Coisas perdidas em arquivos que sejam conhecidas. Actualmente vivo em Moçambique e tenho descoberto coisas fantásticas dos grandes clássicos da marrabenta em algumas colectâneas. Sei que há coisas semelhantes de angola e afins. Sugiro que façam alguma pesquisa nesse sentido.
Boa sorte
cHAMO ME NASSER LAQUINO AMBASSE, ESCUTO A RDPAFRICA DAS 7.30 AS 17 H TODOS DIAS NO MEU LOCAL DE TRABALHO EM MAPUTO. A VOSSA PROGRAMAÇÃO É EXCELENTE.
GOSTARIA DE ESCUTAR MUSICAS DE AGNALDO TIMOTEO E ROBERTO CARLOS, MÚSICAS ESSAS QUE FIZERAM FUROR EM TODOS PAISES DE EXPRESSÃO PORTUGUESA A TEMPOS ATRAZ.
UM ABRAÇO
NASSER
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